Escrito por: Layene Yatsenko em 2016-02-26 00:00:00
Crônica de Encerramento/Sequestro: O Brilho de safira.
O BRILHO DE SAFIRA
Ao cair da noite o carcereiro adentra a salinha mal iluminada silenciosamente, que vinha sendo a morada do policial Andrews já havia algum tempo agora. E ali está o mesmo, deitado sobre sua cama imunda cheirando a mofo, no chão ao lado da cama algumas baratas correm desesperadas ao perceberam uma nova movimentação no quarto.
Olhando ao redor o carcereiro nota com um sorriso em seu rosto que os móveis e escombros pareciam totalmente revirados, parecendo mais uma tentativa frustrada de fuga de seu querido hóspede. Ainda mantendo um sorriso em seu rosto o sanguinolento encara o policial nos olhos, parecendo divertir-se com as condições em que sua vítima embora teria sentido maior prazer em tê-lo torturado de verdade, de uma forma mais profunda e intimamente cruel... Mas ele não dá as cartas neste jogo e nada de bom vem para os que desafiam sua mestre, ele mesmo estava muito ciente deste fato.
Em uma das mãos o sanguinolento segura de maneira firme um artefato de cristal luminescente em um forte tom de azul turquesa, ele se aproxima de Andrews com maldade nos olhos e sussurra algumas palavras em um idioma antigo e desconhecido para o policial. O cristal emana um clarão branco azulado e aos berros o policial sente seu corpo enfraquecer, como se o cristal estivesse se alimentando de sua aura infernal de maneira lenta e dolorosa. Em defesa, Andrews tenta se debater e se desvencilhar do poder do cristal concentrando sua energia infernal mas é ai mesmo que ele sente uma onda ainda maior de fraqueza percorrendo todo o seu corpo a começar pelas extremidades, seus dedos, suas mãos e pés... Até que seus próprios baços e pernas já não respondiam mais aos seus comandos e completamente contrariado e sem ser capaz entender o que viria a seguir Andrews tenta focalizar o vulto do sanguinolento por trás do brilho forte do cristal com um olhar feroz e incapaz de produzir mais um único som, até cair de costas no colchão da beliche.
Antes de desmaiar completamente enfraquecido o policial observa o brilho do cristal diminuir lentamente e um vulto negro de seu captor se aproximando com uma mão negra estendida para ele.
...
Com a cabeça parecendo lhe pesar uma tonelada e seu equilíbrio completamente abalado, o policial tenta abrir seus olhos, mas logo os fecha com um lamento sofrido e raivoso devido ao contato com a luz agressiva em seus olhos ainda sensibilizada, possivelmente produzida por um poste cuja lâmpada pairava exatamente sobre sua cabeça. Apelando, então, para seus outros sentidos Andrews reconhece perfeitamente o local em que se encontra... O cheiro de lixo e a instabilidade da matéria sob seu corpo não lhe deixam dúvida alguma.
Ó policial é tomado por perguntas enquanto tenta se levantar "Mas liberto? Por quê? Por que só agora? O que ele esperava de mim? ... Ou, então... De quem ele esperava alguma resposta?"
Assim que ergue seu braço para agarrar a beira do latão de lixo o policial nota um corte em seu braço, parecendo semi cicatrizado... "Quanto tempo faz...?", mas sua mente se despedaça novamente, fazendo-o perder os sentidos uma vez mais.
...
THE END?
Crônica de encerramento à ambientação do assassino.
Por: Layene Yatsenko
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