DSB RPG

DSB RPG

Escrito por: Arkano Indigo em 2015-11-10 00:00:00

CrÃ´nica Magos: O Reencontro.

"O Iniciado é aquele que possui a lâmpada de Trismegisto, o manto de Apolônio e o bastão dos patriarcas. A lâmpada de Trismegisto é a razão esclarecida pela inteligência; o manto de Apolônio é a posse plena e total de si mesmo, que isola o sábio das correntes instintivas; e o bastão dos patriarcas é o auxílio das forças ocultas e perpétuas da natureza." Eliphas Lévi

Trilha Sonora: https://www.youtube.com/watch?v=MXOLWLf_z30

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A tempestade sacudia a balsa, em uma fúria estranha e gélida, enquanto eu pensava sobre meu despertar e as novas possibilidades de acólito da Ordem de Hermes.

Eles haviam me recebido bem na ordem e o dinheiro para esta viagem nunca havia sido um problema para os anciões e arquimagos herméticos. Haviam me dado de presente um carro e algum dinheiro no bolso para a missão, mas não dava para chegar de carro naquela ilha do mapa.

Por isso , consegui uma passagem no Rainha das águas, um Ferry Boat, um navio estilo balsa que carregavam máquinas e carros. Por um bom suborno o capitão concordara em sair um pouco da rota e ir para Silent Shadows, o meu destino final.

Chegamos ao porto ainda sob forte chuva , despedi do Capitão do Ferry, enquanto já estava atracado e arrumavam tudo para minha saída. Mas que chuva gelada, se não estivesse com minha roupa de couro, estaria preocupado.

Já no asfalto e rodando com o carro, coloquei o um som punk, para dar uma elevada no espírito, creio que isso iria arrepiar qualquer ancião da ordem, mas sex pistols era uma das minhas bandas preferidas e eu não era nenhum ancião caquético escutando música sacras ou barroca do século XVIII.

Jovem e recém desperto, com um corpo invejável, olhos lindos e a mágika rescendendo em cada poro, estudioso nato e disciplinado, eu era promissor na ordem, caso contrário, não me haviam me confiado esta missão de suma importância para o Conselho dos nove reaberto pelas novas tradições e dirigido pelos herméticos.

Bem, sentia forte a quintessência enquanto dirigia pelas ruas da cidade, como pulsar magnético em meu corpo, quando de vi de relance um vulto na chuva. Prontamente encostei o carro perto do meio-fio e desci para ver quem era, afinal, não era um bom samaritano, mas a chuva estava forte e apesar de ter GPS no veículo, era sempre bom sondar as pessoas na ilha.

Mas para minha supressa, o vulto misterioso quando se fez mais visível de perto, era a conhecida oradora de sonhos, amiga após o despertar, a maga Bru.

- -Olá Bru, há quanto tempo? Nossa que estranho você ser a primeira pessoa a encontrar aqui? Ou seria os desígnios da magia? Em todo caso que prazer em revê-la.!” Eu disse, na realidade rindo por dentro da situação de vê-la toda molhada, pois sempre a tinha visto impecável com seus vestidos de grife.

- Leon que alegria vê-lo por aqui. E após dar um abraço encharcado no amigo...oferecendo-lhe ultimo pedacinho da torrada que havia guardado embaixo de sua jaqueta jeans. Servido? Ela disse com um tom de brincadeira em sua voz, que conhecia bem.

Eu então olhei para a torrada encharcada, reparando bem, era coisa fina aquilo lá e não me fiz de rogado, claro e aceitei um pedaço. “realmente uma iguaria” pensei saboreando os toques clássico da alta culinária. –Estou à procura de um hotel para Hospedar Bru. Disse logo após acabar de deglutir a última porção de Rarebit, não era um simples torrada afinal.

-Estou de carro, veio comigo pela balsa, aquele prata estacionado ali, se quiser uma carona, alias se quiser não. É claro quer pelo visto é recém chegada também. Vamos, é um prazer irmos juntos procurar um hotel nesta cidade. Eu disse enquanto a convidei com um gesto de face a acompanhar-me enquanto andei na direção do carro e abri a porta para ela.

-Tenho a localização do hotel na cidade aqui no GPS e parece que é perto de onde estamos. “ então dirigi de acordo com a coordenadas das ruas e chegamos à porta de um hotel. Pronto, chegamos Cherri. Desci do carro e abri a porta para a Bru, fechando em seguida, e ligando o alarme, e fiquei olhando para os estilo pós punk apocalíptico do hotel.

–“É isso ai que vamos ficar hospedados?” Olhei para a Bru com cara de espanto e encolhi os ombros. – parece não haver escolha mesmo... é o que tem para hoje! e soltei uma risada tranquila, afinal uma cama, um banheiro com chuveiro e comida era tudo que eu precisava por enquanto.

Então olhei para a escadas cinzentas do hotel e vi o Hank descendo, com passos firmes e estilizados, um autêntico membro da Irmandade de Akasha. Surpreso então ao vê-lo, olhei para a Bru com aquela cara de “olha só quem tá ali” e com um gesto de sobrancelha e uma virada de face. Vi que Bru acompanhou o olhar e abriu um sorriso radiante ao vê-lo ali também.

Então ela respondendo ao comentário que fiz sobre o Hotel, sem tirar os olhos do Hank e o sorriso ainda na face disse:
- Como se tivéssemos escolha não é mesmo? E rindo a vi pegando suas coisas e caminhando pra entrada do mesmo parecendo já querer registrar no hotel.

Então quando o Hank acabou de descer as escadas, virou em nossa direção e com o tom suave e visivelmente espantado falou:

– Pelos espíritos dos sete céus, Leon e Bru. Que visão mais incrível. Meus irmãos estão por aqui.
Então fiquei olhando ele se dirigindo até nós e nos cumprimentando com euforia.

Satisfeito então por estarmos juntos, dei um abraço e alguns tapas nas costas. –Vejo que o tempo tem feito-lhe bem meu caro amigo! Vamos, vamos! Temos muito a conversar meu caro.

O sol brilhava tênue lá fora, a brisa soprava calma pela janela do hotel, o destino havia sido bom e generoso, agora eu precisava aguardar o tempo.

Então me lembrei de uma frase de H. Jackson Brown Jr “Daqui a vinte anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez. Então solte suas amarras. Afaste-se do porto seguro. Agarre o vento em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra.”

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Cronista: Arkano Indigo (Leon)

Participantes do RPG:
(Hank) Ankhmaath Darkstone (Mago)
(Leon) Arkano Indigo (Mago)
(Bru) Brux1nha Aabye (Maga)