Escrito por: Charo Dunner em 2015-11-18 00:00:00
Crônica Vampiros: Um corpo no asfalto
E tudo ia bem em minha nova não-vida. Eu tinha meu refúgio, tinha meu emprego e aos poucos eu começava a conhecer o povo daquela cidade doida. Ainda trazia na mente o encontro com a primeira da minha raça, a tal da Ana Laura. Tipinho petulante. Mas vamos deixar isso prá lá que está na hora de sair para ir trabalhar.
Terminei de me arrumar, peguei minha bolsa e saí do quarto. Deixei as chaves com a recepcionista e ai meus sais... que cheiro era aquele? Eu nem bem tinha cruzado a porta e o cheiro de sangue invadiu com força minhas narinas... Sangue... Comecei a salivar. A fome bateu... Olhei ao meu redor e vi logo mais a frente um vulto estendido no chão. Estava coberto por um lençol. Apurei meu olfato. O cheiro não deixava muitas dúvidas. Estava morto.
Tirei o celular da bolsa e liguei para a polícia. Para minha surpresa o tal Nattan qualquer coisa atendeu a ligação. Disse que havia um corpo em frente ao hotel, ele falava rapidamente e não me deixou sequer responder. Mandou aguardar que em 5 minutos ele estaria por lá.
Pois bem, lá fiquei eu ao lado do corpo sem poder dar sequer uma lambidinha no sangue dele, claro que naquela altura eu já estava mais que nervosa. Estava com fome e não podia dar bandeira. Autocontrole, prá que te quero?
Em seguida o tal Nattan chegou. Estava fardado, pelo jeito havia conseguido o cargo de polícia, tentando disfarçar meu nervosismo, dei os parabéns pelo emprego. O infeliz fez uma gracinha, perguntando se o tal ali era uma vítima minha, respondi de forma seca, porém educada, que eu não fazia idéia de quem era o sujeito, pois além dele estar coberto por um lençol eu não seria besta de meter minhas mãos numa cena de crime. Só estava cumprindo meu papel de cidadã relatando o que havia encontrado pela cidade.
Avisei que precisava seguir para a biblioteca, pois já estava atrasada. O cheiro estava me deixando cada vez mais tensa. Precisava sair rapidamente dali ou não conseguiria me controlar por muito mais tempo.
Ele disse que provavelmente eu seria chamada na delegacia para prestar maiores esclarecimentos e que precisaria dos meus documentos e telefone. Tirei minha carteira de habilitação da bolsa e a entreguei para que ele fotografasse e em seguida dei meu celular. O endereço, ele sabia exatamente onde poderia me encontrar, já que estávamos hospedados no mesmo hotel.
Ele fez algumas gracinhas sobre minha foto que me deixaram ainda mais irritada. Céus!!! Eu precisava sair de lá com urgência. O sangue estava mexendo demais comigo e se continuasse por lá era bem capaz de cravar minhas presas no pescoço dele. Peguei meu documento de volta e perguntei se estava liberada. Ele respondeu que sim.
Enquanto me afastava via que uma outra mulher (Izabellywolf) se aproximava do corpo. Pelo jeito era mais uma curiosa. Bem, eu estava atrasada... ela que perguntasse o que havia acontecido para o Policial Jr. Nattan Leckrone..
Cronista
- Charo Dunner
Participantes
- Charo Dunner (Vampiros)
- Nattan Leckrone (Vampiros)
- Izabellywolf Sorbet (Garou)
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